Salve
Caríssimos!!!
Assim,
ao colocar conceitos sobre sexo, gênero e identidade, o farei tendo
por base como essas questões foram construídas e se constituindo
dentro da Civilização Ocidental de forma generalizada e na cultura
brasileira de uma forma mais particularizada. Porém, antes de
falarmos de gênero, vamos primeiro esclarecer alguns conceitos que o
embasam: sexo, gênero, identidade, orientação e comportamento
sexual.
Primeiramente,
como disse antes , o sexo nos seria dado ao nascimento e quem o
determina, caso a biologia não esteja enganada è a genética, e
somente ela ainda define a que sexo alguèm pode ter, ou seja, è um
conjunto de caracteristicas anatômico-biològicas que nos habilita
para a reproduçâo e que farà perpetuar nossa espècie, segundo as
leis genèticas e evolutivas de darwim e spencer, jà, gênero è um
construto para nosso comportamento social a que determinado sexo està
inscrito, se um homem, nascido homem, espera-se dele um comportamento
masculino ou o que a sociedade, a cultura local e a època
delimitaram como masculinos e daqueles nascidos mulher a mesma coisa,
espera-se um comportamento tido como feminino. Tudo conforme as
doutrinas binarias culturais e locais.
Assim,
as linhas e encaixes desses comportamentos de gênero foram se
realinhando e por vezes se deslocando conceitualmente e aquele que
nascido homem, talvez pudesse almejar um comportamento tido como
feminino ou ainda portar-se como pertencente a outro gènero conforme
o local e a època em que estivesse inserido: aqui jà retratado como
habitantes em outro post da amèrica indìgena que nascidos no sexo
masculino portavam-se como se pertencessem ao sexo feminino caso aqui
já mencionado como berdaches!
A
forma como um determinado grupo humano entende o gênero faz parte
dos códigos e simbologias inscritas em sua cultura, em uma visão
coletiva de mundo. E isto se aprende das gerações anteriores. O
novo sempre olhamos com um certo olhar do passado e na pré-história,
há milhares de anos atrás, o mundo se apresentava para os homens
carregado de simbologias que eram acessadas por associações. E
talvez ainda o seja assim. As diferenças entre homens e mulheres não
eram percebidas por sua anatomia. A única diferença inquestionável
ainda era a capacidade própria das mulheres de serem depositárias
da vida já que o homem era o portador dela através de seu sêmen.
Por esta característica, à mulher foram associadas uma série de
manifestações simbólicas da natureza, por exemplo, a fertilidade,
a umidade, a noite, o frio, as trevas, a obscuridade, o túmulo, a
casa, o privado. Como a apreensão do mundo se opera de forma
binária e relativa, segundo a antropologia, ou seja, aos pares,
comparativamente e por oposição, ao homem foram imputadas
características opostas: o seco, o dia, o calor, o céu, a
claridade, a rua, o público.
Assim,
por consolidar a homens e mulheres uma série de características a
eles atribuídas, esperava-se de um e outro sexo, um comportamento
condizente com estas características socialmente pré-estabelecidas.
Assim foi-se configurando o que hoje entendemos como gênero, entâo,
um construto social e ainda, da mulher esperava-se uma certa
feminilidade, fragilidade, que fosse cordata e gentil, e do homem
esperava-se a masculinidade, a bravura, a coragem, que fosse
aguerrido e bravo. E com pequenas variações em suas manifestações
estes fenômenos foram perpetuando-se através dos séculos por meio
da educação das crianças e da forma como se impunha um
comportamento a elas por meio do uso de toda uma simbologia de
pertencimento de gênero. Então através de vestimentas, acessórios,
adornos, artefatos e brinquedos, cores, todos eles indicativos do
sexo ao qual pertencia a criança (ou se acreditava e queria que
pertencesse) e com o intuito de reforçar o pertencimento de gênero
da mesma em relação ao seu sexo.
Isto
se acirrou enormemente a partir do século XIX quando a ideia de
infância foi aperfeiçoada.
Qualquer
alteração nessas características era vista com no mínimo
desconfiança, até a total intolerância, variando conforme o lugar
e a época.
Porèm,
com o passar do tempo, e evoluçao do pensamento cientifico e social,
as acomodações sociais e talvez por ideias de liberdade e
principalmente livre-arbitrio, os gêneros nâo se encaixavam mais,
assim um homem nascido do sexo masculino poderia nâo se enquadrar no
sexo masculino condizendo com as questôes sociais de gênero a ele
esperadas
Assim
como uma mulher nascida mulher poderia sentir-se um homem. Esse fato
ainda foi atè bem pouco tempo atràs, na verdade a disforia de
gênero deixou de ser entendida e tratatda como um transtorno mental
hà poucos dias, precisamente em 18/06/2018, segundo a organização
mundial da saùde, enquanto a homossexualidade foi retirada do
condigo de doenças, em 1990. Nesse sentido orientaçâo sexual è o
desejo amoroso-afetivo-eròtico que um sexo nutre pelo outro, se
pelo mesmo de nascimento chama-se homossexualidade, se pelo oposto
heterossexualidade, se por ambos bissexualidade, essas
caracterìsticas segundo muitos pensadores nâo seriam naturais,
provavelmente socio-culturais. Atualmente hà muitos que criticam
esses pensamentos, o colocando como contràrios à uma lei divina,
sendo a fè ainda fortemente ligada a essas questôes, Nesse sentido
há ainda um forte embate entre qual pensamento tenha mais força e
pressâo social em nossa sociedade humana, se o pensamento cientìfico
ou um pensamento religioso, havendo hoje muitos debates e discussôes
acaloradas sobre qual pensamento deva prevalecer.
Essa
talvez seja a ùltima postagem com conceitos filosóficos e
antropològicos, provavelmente na pròxima postagem, comece a
publicar textos com històrias a respeito de personalidades famosas
na història brasileira que tenham desafiado as normas de gênero e
identidade de gênero e sexual.